7 de dez. de 2010

Soneto Marino.

Quais lugares conheceu, minha jovem querida?
O que tanto refletiu-se no doce de seus olhos castanhos?
Viste nos caís, ruas, bares e avenidas, do mundo a ferida.
E de tão inocentes e doces, pingaram-se salgados e estranhos.

E os mares, ondas onde ondas tu pulou?
Todos imensamente salgados foram eles não?
E a todos com carinho tu amou.
Sem qualquer desilusão!

Mas agora estas de volta,
com a esperança renovada.(?)
Mãos de olhos no retrato.

Porém peço que se esqueça, por favor,
do que nunca se falou, (mas saiba)
de como as marinas têm no sal dos teus olhos o mais divino amor!



2 de dez. de 2010

Palavras

Com quatro letras descrevo tudo,
e o inexistente, posso demonstrá-lo: nada.
E nessas linhas eu coloco o mundo.
E numa palavra posso colocar o incabível infinito,
como também posso contê-lo finito.
Fim!

Soneto para Natalie.

Vamos pequena, o passado não é só amargura,
muito menos um mar de amores e falsa ternura.
Mas não se iluda com o futuro que virá,
tanta esperança com o amor só te frustará.

Novos amores certamente virão;
no começo serão todos bons,
e alguns deles, mais do que bons,
mas todos eles um dia se acabarão!

Há sempre a ingênua ilusão,
de ver no próximo o fim da solidão,
ou dessa enorme chaga no teu coração.

Porém a cada amargo desamor, (lembre-se)
houve dias felizes,
todos com o mais doce/sublime sabor!